Trabalho em dança, mergulhado numa perspectiva de corpo-festa. Vivenciado dentro dos universos afro-diaspóricos da cultura House e da cultura Funky. O espetáculo conta com uma composição multifacetada entre três intérpretes-criadores e um músico, ao vivo, com o palco em formato arena. Um percurso para uma MARÉ ALTA. 

A montagem do trabalho surgiu de um processo de criação dentro do Laboratório de Criação em Dança da escola Porto Iracema das Artes, em 2022, com tutoria de Andréia Pires (CE), onde se partiu de um mergulho intenso que remonta às vivências do coletivo MarÉHouse nas culturas de rua e afro-diaspóricas, como o House, o Funky e o Hip Hop. Deseja-se reencenar cenários de vida em dança e que vão dando volume festivo ao corpo. Com isso, foi-se chegando a um interesse pelo o que denominamos de corpo-festa, desse corpo que sampleia a própria vida: dando luz ao espetáculo cênico "Na terra em que o mar não bate, não bate o meu coração" e a festa itinerante "MARÉ ALTA".

O espetáculo já esteve em circulação no Theatro José de Alencar (2022), na Bienal Internacional de Dança do Ceará (2022), na Temporada de Arte Cearense (2023) e no Quinta com Dança do Teatro Dragão do Mar (2023).

SINOPSE

Há várias alturas para o chão, mas todas elas se conectam enquanto terra. É como observar as oscilações do mar que misteriosamente não nos revela seu roteiro, mas nos batiza na espuma. Cada pisada é molhada. Jack, Jack, Jack! Salgada. Envolvida por uma comunicação coletiva que brinca de botar e tirar o pé da terra molhada. Nisso, mergulhamos. As águas já estão aqui dentro, talvez até em excesso, como um derrame. Sob o chão, não se quer saber onde começa essa pulsação, mas como ela nos leva a uma maré alta. Onde só bate se formos juntos.